Na sequência da recente tomada de posição pública da Comissão Política Concelhia de Esposende do CDS-PP, sobre a alegada retirada de apoio à candidatura do grupo de cidadãos eleitores denominada “JOÃO CEPA – Juntos Pela Nossa Terra”, candidatura que lidero, importa esclarecer algumas questões.

Quando tomamos a decisão de promover uma candidatura autárquica no concelho de Esposende, nas eleições deste ano, sempre tivemos presente que o faríamos no modelo de candidatura de um grupo de cidadãos eleitores, sem intervenção de qualquer partido, ou seja, numa candidatura 100% independente.

De igual forma, também sempre pretendemos que este projeto fosse constituído por um leque de pessoas oriundas de vários quadrantes políticos, com opções ideológicas diferentes, que porventura até tivessem estado em projetos autárquicos diferentes no passado, mas que entendessem que tinha chegado o momento de agregarem forças, motivação e disponibilidade para trabalharem em conjunto por um objetivo comum, que é o de fazer mais e melhor pelo concelho de Esposende.

Foi nesse propósito e com esse modelo que a candidatura foi apresentada publicamente no dia 17 de Março de 2017, numa sessão na qual participaram por vontade própria vários dirigentes e autarcas do CDS-PP de Esposende.

Nessa sessão de apresentação tivemos a oportunidade de elencar e anunciar um conjunto significativo de projetos, ideias e propostas que pretendemos materializar no próximo mandato autárquico, e que mereceram o aplauso e aprovação dos presentes.

A Comissão Política Concelhia do CDS-PP reuniu nesse mesmo dia, após a sessão de apresentação, e deliberou por unanimidade não apresentar candidatura própria e apoiar a candidatura independente “JOÃO CEPA – Juntos Pela Nossa Terra”, tendo tornado pública essa decisão através da comunicação social.

Por essa altura foi estabelecido um acordo de princípio com o CDS-PP de que o mesmo indicaria alguns nomes do partido para serem integrados nas listas, tal como aconteceu e vai acontecer, por exemplo, no Porto.

Nas semanas seguintes equacionou-se e estudou-se a possibilidade da candidatura se apresentar não como uma candidatura de um grupo de cidadãos eleitores, mas como uma candidatura de uma coligação alargada de partidos, entre os quais o CDS-PP, de forma a agilizar e simplificar a própria candidatura, quer do ponto de vista administrativo, quer do ponto de vista financeiro.

Depois de ponderados todos os aspetos positivos e negativos deste modelo, e depois de ouvida a opinião de um lote bastante alargado de esposendenses, decidimos manter a candidatura como uma candidatura de um grupo de cidadãos eleitores, ou seja, como candidatura independente.

Contudo, durante este processo de avaliação do melhor modelo de candidatura, tornou-se objetivo principal do CDS-PP de Esposende que a mesma avançasse no formato de coligação liderada pelo partido e com a sigla do mesmo, em que o próprio cabeça-de-lista à Câmara Municipal (eu próprio) surgisse como candidato indicado pelo CDS-PP.

Entretanto, perante a decisão de se manter a candidatura como candidatura independente, entendeu o CDS-PP de Esposende voltar atrás na sua opção eleitoral, tendo já anunciado a intenção de apresentar uma candidatura própria. Importa referir que do ponto de vista do interesse partidário faz toda a diferença para o CDS-PP apoiar uma candidatura independente ou liderar uma candidatura em coligação: em caso de vitória, do ponto de vista estatístico, só no segundo caso a autarquia contaria como uma autarquia do partido.

Perante as tomadas de posição públicas dos últimos dias e da publicação de notícias pouco rigorosas quanto à verdade dos factos, importa, sintetizando, deixar claro o seguinte:

  1. O apoio ou não apoio do CDS-PP ou de qualquer outro partido nunca foi uma condicionante da candidatura, nem tão pouco esteve na sua génese.
  2. Ao contrário do que foi noticiado, é falso que a candidatura se tenha tornado independente pelo facto do CDS-PP ter retirado o seu apoio. A candidatura sempre foi independente e foi como tal que foi apresentada e anunciada no dia 17 de Março.
  3. A mudança de posição do CDS-PP de Esposende não se deveu ao facto de não se rever nas propostas e nos projetos da candidatura, tal como anunciou, mas sim ao facto de eu não estar disponível para ser candidato numa coligação de partidos liderada pelo CDS-PP.
  4. Durante o processo de conversações com o CDS-PP de Esposende nunca fomos questionados sobre projetos e propostas para o Município, mas apenas sobre pessoas e lugares nas listas.
  5. A candidatura mantém todo o interesse na participação ativa de pessoas oriundas de todos os quadrantes políticos, nomeadamente do CDS-PP, desde que as mesmas estejam disponíveis para trabalhar, não em prol de interesses partidários e de interesses pessoais, mas do interesse do concelho de Esposende.

As inúmeras manifestações de apoio que temos recebido nos últimos meses, dão-nos a certeza de que estamos a construir um projeto autárquico vencedor, cuja mais valia, para além da ambição de querer fazer mais e melhor pelo concelho de Esposende, é estar liberto de amarras, símbolos e interesses partidários.

Fonte: “JOÃO CEPA – Juntos Pela Nossa Terra”

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